As doenças inflamatórias que acometem o antebraço, punho e mão ocorrem de várias formas: doenças chamadas de auto-imunes como as artrites reumatoides, lúpus, etc; doenças ósteoarticulares degenerativas como as artroses e as doenças idiopáticas que são de causa desconhecida. Em todas elas, o paciente desenvolve reação inflamatória nos tendões, articulações e ligamentos. As mais comuns, são as idiopáticas que podem estar associadas ao uso constante de certos movimentos da mão. O resultado é o surgimento da dor e dificuldade em realizar certas atividades da vida diária. Nesse contexto podemos citar as tendinites no punho(os dedos que prendem quando são dobrados), a mão que adormece especialmente durante o sono, as dores que se estendem para o cotovelo e ombro, além de outras. Muitas vezes, são processos que podem se beneficiar da terapia da mão e da orientação quanto ao uso correto da mão nas atividades em geral. Quando o tratamento crônico é ineficaz, pode-se pensar em procedimentos cirúrgicos para o alívio dos sintomas.
Os acidentes que acometem o antebraço e dedos, especialmente aqueles causados por vidro, objetos cortantes e outros, podem levar a perda de movimentos e sensibilidade. Isto porque as estruturas nervosas e tendinosas, responsáveis por estas funções, estão muito próximas da pele e podem ser cortadas facilmente. Portanto, sempre que se notar algo diferente com relação a movimentos ou tato da ponta dos dedos, deve-se procurar imediatamente um cirurgião da mão para avaliação da ferida e dos sintomas referidos. Não é raro, pacientes serem atendidos nas emergências hospitalares e não terem um diagnóstico preciso das lesões ocorridas.
Todo trauma na mão, com ou sem ferimento, deve ser avaliado inicialmente com exames de radiografia simples. A presença de inchaço e coloração roxa no local pode indicar uma fratura. Uma maneira simples de verificar se algo está diferente, é a presença do desvio do dedo em relação aos outros. Sempre que possível, procure fazer o movimento de fechamento dos dedos com a palma da mão para cima . Desta maneira verifique se existe algum desvio lateral quando o dedo vai em direção ao outro ou rotacional , quando a unha deixa de ficar paralela as outras. A regra, no entanto, independente de se notar qualquer alteração na mão, é procurar um Setor de Emergência para uma avaliação mais detalhada.
Trata-se da amputação mais comum nos dedos. O mecanismo mais frequente é o esmagamento da ponta do dedo por estruturas pesadas como portas, janelas e cadeiras dobráveis. Estas lesões podem ocorrer também em ambiente de trabalho com máquinas, polias e correias, e devem ser tratadas adequadamente, pois em geral, envolvem a polpa dos dedos, área importante para a função da mão. O simples fechamento da ferida do dedo pode levar a um coto doloroso, com sério prejuízo para as atividades da vida diária, especialmente em relação aos trabalhos manuais, digitação, atividades domésticas, etc. Portanto, por mais simples que possa parecer, o tratamento das lesões de ponta de dedo deve ser realizado por especialista em cirurgia da mão, que certamente irá oferecer a melhor técnica para que o resultado não traga prejuízo ao dia a dia do paciente.
Os acidentes mais comuns que envolvem os ligamentos da mão estão relacionados à prática esportiva. Nesses casos, a melhor prevenção é o uso de protetores de punho também chamados de talas. Isto porque, durante a queda é comum o uso das mãos para proteger a cabeça. Quando não existe a proteção para manter o punho estável, pode ocorrer a ruptura de ligamentos que protegem as articulações e até fraturas. O diagnóstico inicial pode ser difícil pois o paciente evolui com muita dor, inchaço e dificuldade de um exame mais preciso. Muitas vezes, ele é reconduzido a um especialista em cirurgia da mão para avaliação mais detalhada e realização de exames de imagem. Alguns casos podem necessitar de tratamento cirúrgico.
Os acidentes com máquinas de corte, polias, grades, alambrados, e outros, podem causar amputações de um ou mais dedos da mão. São acidentes graves, e que geralmente levam à incapacidade funcional definitiva. No entanto, em 15 a 20 % dos casos, é possível realizar o reimplante da parte amputada com sucesso. O primeiro cuidado a ser realizado é o acondicionamento da parte amputada. Deve-se realizar a limpeza desta com agua corrente limpa para a retirada de detritos . Em seguida, deve-se embrulhar a parte amputada com um lenço ou pano pequeno umedecido e introduzi-la em um saco plástico hermético tomando o cuidado de fechá-lo bem com fita ou esparadrapo. Finalmente, o saco é colocado em uma pequena geladeira de isopor contendo gelo e água na proporção de meio a meio. Isto garante a conservação de dedos por até 24 horas, e das amputações mais proximais por até 12 horas. O paciente deve ser conduzido a um centro de emergência que irá direcioná-lo a um serviço especializado em reimplantes.
Todos os Direitos Reservados © 2024 - Designed by: Th-Project.com